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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Mickey & Spikes






Bom, eu não curto fotos de corpo inteiro, porém, de vez em quando vou deixar alguns detalhes do que andei vestindo por aqui. Provavelmente vocês ainda vão ver bastante essa bolsa, pois é minha favorita no momento rsrs.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Crônica: A fuga noturna


Tenho um sonho agitado, não consigo me recordar mais, porém, estava incomodada dentro de minha própria cabeça quando ouvi sons fora do quarto. Aos poucos fui despertando, sem saber direito o que acontecia.
Então a porta se abriu, senti o impacto do ar nos vidros da janela fechada, e abri os olhos. Todavia, a mesma se fechou com rapidez.
-O rato fugiu! Eu sabia!
Era a voz do meu pai, com um toque de irritação e um pouco mais de preocupação.
Ainda tomada pelo sono, sem ter certeza de que estava acordada ou ainda presa em meus sonhos esquisitos, me perguntei porquê eles estavam caçando um rato à essa hora da madrugada. Ou pior, se já estava claro e eu dormi além da conta outra vez. Virei para o outro lado e me ajeitei sob as cobertas, fazia um frio gostoso, ótimo para dormir.
Três batidas nervosas na porta.
-Entre.
Digo com a voz fraca, já pegando o celular para olhar a hora. São 4h20 da manhã de domingo, e, antes de conseguir me sentar na cama, escuto as vozes tagarelando sem parar lá foram todas angustiadas. É engraçado como o tempo passa lentamente quando estamos sonolentos, quase consigo ouvir meu próprio coração bater. As batidas se repetem, e eu respondo mais alto.
-Não posso!
-O rato fugiu! Seu rato fugiu.
Não sei exatamente quem disse o quê, mas foram as vozes de meu pai e minha madrinha, misturadas. Saltei da cama com uma velocidade quase animal, e acendi a luz. Olhei para o chão, perto da porta, e lá estava ela, a pequena Pumpkin, a hamster laranja que ganhei do meu namorado em 31 de outubro de 2013, seu nome foi em homagem à sua cor, e a data em que ela chegou na minha casa.
Meu coração parou por alguns segundos, não pensei duas vezes e a apanhei do chão. Pam, como é carinhosamente conhecida, é um tanto agressiva, e conhecida por deixar feridas nos dedos alheios. Eu mesma já levei várias mordidas, e acredite, doem muito e sangram também. Entretanto, minha preocupação não era a dor, e sim colocá-la de volta em sua gaiola. Para meu susto, a porta principal estava aberta, algo que jamais aconteceu antes. Pam me mordeu duas ou três vezes, mas não chegou a sangrar, apenas arranhou as juntas de meu dedo indicador. A coloquei de volta em sua pequena casa, e fechei a portinha, prendendo suas laterais com fita adesiva, para evitar outro susto. Imediatamente, para minha surpresa, ela subiu até o segundo andar e foi dormir em seu ninho de maravalhas.
As vozes lá fora ficaram mais altas, e eu fui abrir a porta, ainda trêmula pelo choque de adrenalina.
-Pronto, ela está na gaiola de novo.
Disse aos dois irmãos parados em minha porta (meu pai, e minha madrinha).
-Como você a pegou? Ela não te mordeu?
-Mordeu, mas sei lá, não machucou.
Eu ainda não havia entendido muito bem o que aconteceu. Em poucos minutos eles me contaram que, havia cerca de meia hora que Shuni, a Yorkshire da casa, começou a rosnar e latir, irritada com alguma coisa. Meu pai ouviu, e disse à minha mãe que tinha algo errado, que a pequena estava dando sinal. Ele saiu do quarto e foi até a sala, onde minha avó dorme em seu sofá-cama (por escolha dela, pois ela tem um quarto, e uma cama nele), a colocou no chão, e viu que ela veio na direção da minha porta, rosnando de forma estranha. Ao abrir a porta, meu pai viu o corpo rechonchudo da Pam no chão, e foi veloz o suficiente para fechá-la antes que o animalzinho fugisse.
Graças  Deus, ao meu amado pai, e minha querida Shuni, tudo ficou bem, e a Pam dormiu o resto da madrugada. Eu, por outro lado, fiquei acordada por cerca de uma hora, ainda nervosa com o ocorrido, tentando digerir tanta animação durante a madrugada.

E essa é uma história real.